Otimismo dos empresários aumenta 9,1% em julho, mostra pesquisa da Fecomercio

Indicador é medido em uma régua que vai de 0 a 200; termômetro chega perto da neutralidade,

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2021 07h46
EFE/André Coelho Reabertura do comércio do Rio de Janeiro A cidade do Rio de Janeiro reabriu o comércio nesta sexta-feira, 9, após duas semanas de fechamento para tentar conter o avanço da pandemia

Pelo segundo mês consecutivo, o otimismo do empresário vem crescendo na cidade de São Paulo. É o que aponta a pesquisa mensal da Federação do Comércio. O otimismo dos empresários aumentou 9,1% em julho. A confiança do empresário é medida numa régua que vai de 0 a 200. No mês passado, estava pouco acima de 90. Em julho, chegou perto de 100. Para Jaime Vasconcelos, economista da Fecomercio, houve um avanço. O termômetro chega perto da neutralidade, o que indica um crescimento promissor para o segundo semestre.

“Esse cenário mais otimista também é refletido pelos indicadores de confiança que a Federação do Comércio possuí. Um deles o Icec, que mede a confiança do nosso empresário do comércio. Considerando os números mais recentes em relação aos dados do ano passado, o Icec cresceu 49%. Também começo a observar uma tendência muito mais otimista para realizar investimento. E, um deles, é a mão de obra. Por isso estamos observando também o crescimento do emprego com carteira assinado. Inclusive também empregos temporários.” Por isso, ainda existe otimismo em meio a tantas incertezas, mesmo sabendo que o trabalho temporário não dá estabilidade para quem busca uma recolocação no mercado.

Para os empresários, a contratação temporária reduz os custos da empresa. O contrato pode ser encerrado a qualquer momento e sem multa. A empresa também não se compromete com o aviso prévio e a multa de 40% do fundo de garantia. Para o contratado, geralmente jovens e trabalhadores sem experiência, é uma chance de ter um salário inicial, receber comissão e outros benefícios, como vale transporte, vale refeição e até auxílio saúde. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, até maio de 2021, o Brasil criou 280 mil empregos com carteira assinada. Jaime Vasconcelos, economista da Fecomercio, prevê um cenário ainda mais promissor.

“Dados do novo Caged nos mostram que, ano passado de junho a dezembro, nós tivemos avanço de 108 mil vagas temporárias. Considerando que a confiança do empresário evolui 50% a mais esse ano, a tendência é que operaremos essa geração de empregos que já foi positiva no segundo semestre do ano passado.” Mesmo com a expectativa de retomada nas vendas, os empresários de São Paulo ainda pregam cautela com relação a contratações porque tudo depende exclusivamente da vacinação. Ter uma população imunizada traz segurança para novos investimentos. A expectativa é que a oferta de empregos temporários cresça até as festas de fim de ano. Estima-se a criação de 110 mil novas vagas de junho a dezembro.

*Com informações do repórter Maicon Mendes 

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