Aos 80 anos, estádio do Pacaembu vive a maior ‘batalha’ de sua história

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2020 07h51 - Atualizado em 27/04/2020 08h09
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Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC Fachada do Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu O bom e velho Pacaembu, que viu os técnicos fazerem as substituições mais difíceis na história, dá espaço agora aos profissionais de saúde

O estádio do Pacaembu comemora 80 anos. Inaugurado em 1940, logo em sua estreia, contabilizou  uma sonora vaia ao então presidente Getúlio Vargas que marcou presença, mas era persona non grata entre os paulistas devido a revolução constitucionalista de 1932.

Anos depois, o local foi um dos principais cenários da Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil. O Pacaembu viu desfilar e brilhar, com memoráveis atuações, o maior esportiva de todos os tempos, o Pelé. Outros tempos marcaram terreno em competições pra lá de importantes.

O estádio tem um lugar especial no coração de muitos atletas que não esquecem das agradáveis lembranças como do tetracampeão Gilmar Rinaldi. “Estádio que eu conheci ainda quando jogava nas categorias de base internacional, tive a felicidade de fazer a minha primeira final de campeonato da Taça São Paulo de 1980.”

O Pacaembu carrega o nome do marechal da vitória, Paulo Machado de Carvalho, o homem que comandou as primeiras conquistas brasileiras da seleção brasileira mundo à fora.

Da concha acústica, cada frequentador tem a sua narrativa. “Ele nos levou ao Pacaembu para nós virarmos corintianos. Infelizmente, pra ele, o tiro saiu pela culatra, porque o São Paulo meteu 3 x 1 no Corinthians e foi campeão paulista. E nós saímos de lá são paulinos”, diz um torcedor.

O prefeito da capital paulista, Bruno Covas, diz que o equipamento é o ícone da cidade e que abriga muitas memórias. “Cartão postal da cidade de São Paulo, muita gente já passou por lá para poder chorar, seja pela alegria da vitória, seja pela tristeza da derrota. Um espaço que está no coração dos paulistanos.”

Em breve a modernidade dará espaço ao local que contará com centro comercial e de eventos. O Ceo do Alegra, Eduardo Barela, aponta o que vem pela frente. “Manter viva a paixão dos paulistanos por esse espaço. Nós queremos resgatar os pilares de cultura, entretenimento e lazer e potencializar o esporte.”

O bom e velho Pacaembu, que viu os técnicos fazerem as substituições mais difíceis na história, dá espaço agora aos profissionais de saúde e abrigando um hospital de campanha para atender pacientes com o coronavírus. Assim como em outros momentos, o local abriga agora a partida mais importante de todas, a da luta ela vida.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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