Paciente com câncer sofre efeitos da crise financeira da Santa Casa
Desde 2005, a Santa Casa de São Paulo atravessa uma grave financeira. Inclusive, o Pronto Socorro foi fechado e pacientes sofrem com as restrições orçamentárias.
O vendedor Arlindo Ferreira de Araújo, sofre com um quadro de câncer na garganta, mas não consegue agendar a tomografia. “Falaram que tinha que colher os fragmentos da garganta para mandar ao Laboratório. Mandaram, constataram que era câncer e ainda continua desse jeito. Faz dez dias que a médica disse que me ligaria, mas nunca ligou”, reclamou.
Araújo deverá realizar o exame apenas no mês que vem, quando o prazo inicial era de urgência de até 3 dias.
Já a dona de casa Regina Correa da Silva acompanha o irmão, que também sofre com câncer de garganta, e revelou à Jovem Pan que faltam insumos básicos para limpeza da secreção. Além disso, os banheiros também estão sem água. “O problema é a dificuldade deles para trabalhar sem aparelhamento. Até mesmo gaze, que é um produto prático que teria que ter em um hospital. Fomos pedir gaze e o enfermeiro disse que não tinha para fornecer. Infelizmente, a maioria dos banheiros também está sem água”, disse.
O Sindicato dos Médicos de São Paulo afirma que 200 médicos foram demitidos desde 2015. Por isso, cancelamentos tem sido rotina na Instituição. Já a Santa Casa diz que continua tentando sanear as contas e problemas “pontuais” poderão ocorrer com pacientes que tenham exames eletivos e não de emergência.
*Com informações do repórter Tiago Muniz
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