Padilha diz ser descabido pedido de Roraima por R$ 180 mi para compensar gastos com venezuelanos
O ministro chefe da casa civil, Eliseu Padilha, considerou alto o valor de R$ 184 milhões, cobrado pelo governo de Roraima para fazer frente aos gastos com os venezuelanos, que estão chegando todo dia ao estado. O ministro afirmou que a União já mantém abrigos na região, presta atendimento médico e trabalha inclusive para realocar os imigrantes para outros estados.
“Pelos números que acabamos vendo agora e que temos fixos lá em Roraima, são em torno de 10 mil venezuelanos mais ou menos. Não podemos imaginar R$ 180 milhões para a rever o que foi a atenção à saúde. Quer me parecer que fica um pouco fora de propósito”, disse Padilha.
A governadora Suely Campos, também quer o fechamento das fronteiras, o que foi novamente descartado pelo ministro. O próprio presidente Michel Temer já havia afirmado categoricamente que não iria fechar a fronteira, até porque o caso, segundo ele, já se transformou em uma questão humanitária.
Os militares que fazem a triagem na fronteira estimam algo em torno de mil registro todos os dias, muitos de entrada, mas também muitos registros de saída. O número de venezuelanos que querem realmente ficar no País seria pequeno. A informação é que nem todos que pretendem permanecer no Brasil ficam em Roraima.
Segundo o coordenador de imigração, Alexandre Paturi ainda não dá para dizer se a releição de Nicolás Maduro vai repercutir de forma negativa na fronteira. “A migração é muito complexa. É difícil interpretar todas as variáveis. Não é possível afirma se as eleições vai ou não interferir no aumento”, explicou Paturi.
O governo diz que já existem 7 abrigos em Roraima e deverá chegar a 9. Os solicitantes de refúgio são na sua grande maioria homens e solteiros.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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