‘País patina e não consegue sair do atoleiro’, diz deputado do União Brasil sobre cem dias do governo Lula

Danilo Forte considera que o presidente foca em disputas internas do PT e se esquece de governar

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2023 12h37 - Atualizado em 10/04/2023 13h17
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Reprodução/Jovem Pan News/Jornal da Manhã Deputado Danilo Forte em entrevista ao Jornal da Manhã desta segunda-feira Deputado Danilo Forte em entrevista ao Jornal da Manhã desta segunda-feira

O deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 10, para falar sobre os primeiros cem dias do governo Lula 3. Ele criticou o trabalho feito até o momento e disse que o país patina sem conseguir sair do atoleiro. Para Forte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda está focado em questões internas do partido e precisa voltar-se para governar. “Há a falta de um comando mais célere na pauta do poder Legislativo. Deu espaço para essa disputa de poder com relação aos regimentos legislativos das medidas provisórias, mas não interveio com a devida prudência para harmonizar e fazer com que as votações possam fluir. Estamos patinando muito e não estamos conseguindo sair do ‘atoleiro’. A preocupação e a esperança viraram um tédio na sociedade”, declarou o deputado federal.

“O governo precisa começar a governar, precisa sair das guerras internas, da disputa interna do PT, e colocar uma pauta para a sociedade. Ele foi eleito para isso. E o Lula sabe fazer isso. Ele já fez no passado. A gente sabe. Agora, ele precisa juntar a turma e dizer ‘a nossa responsabilidade é governar, e não ficar brigando internamente para querer saber quem vai ser o meu sucessor, porque, se fracassar, fracassam todos'”, completou Forte em tom de crítica.

O deputado ainda falou sobre a falta da pauta posta de forma clara para que o Congresso Nacional possa produzir em cima dela. “Nós estamos vendo empresas fechando, desemprego crescendo, a volta da carestia batendo a nossa porta e uma aflição muito grande no conjunto das famílias. Aquilo em que o governo gerava expectativa muito positiva, com relação ao novo arcabouço fiscal e à reforma tributária, que seriam os pontapés iniciais do novo governo, até agora só há intenções. Eu acho que é preocupante. O governo contribuiu, inclusive, para a reoneração dos preços, com a volta dos impostos sobre os combustíveis e sobre a energia, estimulou os governos estaduais a aumentarem as alíquotas do ICMS, se contrapondo, inclusive, à lei de minha autoria que reduziu, no ano passado, os impostos dos combustíveis, a energia e a telefonia celular”, finalizou.

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