Países da Europa se preparam para tempos de recessão econômica
Ainda não está claro se é apenas uma marolinha ou se algo de muito ruim vem pela frente na economia mundial, mas na Europa os governos já começaram a se mexer para minimizar os impactos de uma possível recessão que se anuncia. Motivos para preocupação não faltam: economias crescendo menos, guerra comercial e o Brexit são os desafios adiante.
Nesta segunda-feira (19), o Banco Central da Alemanha, que tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) da Europa, admitiu que o país pode entrar em recessão técnica a partir do terceiro trimestre deste ano. A poderosa indústria local têm sofrido nos últimos meses, sobretudo a automobilística, que ainda não está acompanhando as novas restrições para o diesel e a crescente demanda por motores menos poluentes.
O governo de Angela Merkel está preparando um pacote de estímulo à economia da ordem de 50 bilhões de euros.
Ao mesmo tempo, outros países da região colecionam resultados negativos no campo econômico. A Itália e seu governo disforme também está à beira da recessão técnica e as perspectivas por lá são bastante desanimadoras depois que Roma decidiu entrar em rota de colisão com as diretrizes de Bruxelas.
No Reino Unido, a economia também apresenta crescimento esquálido e ninguém espera uma retomada importante antes das definições sobre como e quando se dará o Brexit. As negociações de Londres com Bruxelas continuam sem grandes avanços e a opção pelo divórcio litigioso segue como a mais provável.
2019 tem tudo para ser um ano que não deixará saudades na Europa – e, infelizmente, as perspectivas para 2020 ainda não são das mais animadoras.
*Com informações do repórter Ulisses Neto
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.