Países do Mercosul se juntam à Venezuela para repudiar declaração de Trump
Declaração de Donald Trump sobre possível ação militar na Venezuela recebe o repúdio do governo chavista e de outros países da região.
Até as nações que fazem parte do Mercosul, que na semana passada suspenderam Caracas do grupo, lamentaram a fala do presidente americano.
Na última sexta-feira, o republicano disse que muitas opções estão sendo discutidas, inclusive militares se forem necessárias.
O impacto da declaração foi grande na Venezuela. Os chavistas então reforçaram a tese do imperialismo norte-americano de Trump.
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, disse que foi um ato de loucura e que há uma elite extremista no poder nos Estados Unidos.
Já o filho do presidente, Nicolás Maduro Guerra, foi mais longe. Disse que se os americanos macularem o solo pátrio, fuzis chegariam à Nova York e os venezuelanos tomariam a Casa Branca.
Por meio de nota, o Mercosul, composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, disse que o repúdio à violência e a qualquer ação que envolva o uso da força constitui base fundamental para o convívio democrático.
O chefe do departamento de Relações Internacionais da PUC São Paulo, Carlos Gustavo Teixeira, afirmou que essa declaração interessa muito o regime de Nicolás Maduro: “no fundo, esse tipo de declaração do Trump só ajuda o Maduro e seus apoiadores”.
Até agora sobre a Venezuela, os Estados Unidos optaram por endurecer as punições financeiras contra membros integrantes do governo e Nicolás Maduro.
A última rodada de sanções saiu na semana passada e afetou outros funcionários do regime, entre eles, o irmão do ex-presidente Hugo Chávez, Adán Chávez.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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