Países encontram dificuldades para resgatar cidadãos que estão na China

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 30/01/2020 08h33 - Atualizado em 30/01/2020 09h59
EFE/EPA/SU YANG CHINA OUT Profissional mede temperatura depessoa O governo de Pequim não reconhece dupla nacionalidade e não permite que uma chinesa com passaporte britânico, por exemplo, saia de Wuhan

O Reino Unido também decidiu isolar os cidadãos do país que serão retirados de Wuhan nos próximos dias. O voo fretado pelo governo de Londres para socorrer os moradores da região que é o principal foco de coronavírus acabou atrasando.

Ele deveria decolar nesta quinta-feira (30) com cerca de 200 pessoas, mas os trâmites burocráticos impediram o planejamento.

Diversos países que estão fretando voos para resgatar seus cidadãos na China também têm enfrentado dificuldades. A expectativa é de que o Reino Unido consiga completar a operação nos próximos dias.

Quando chegarem aqui no território britânico, os passageiros serão levados para uma quarentena em uma instalação do governo. Só será resgatado quem assinar um contrato confirmando que aceita ficar isolado por, pelo menos, 15 dias.

Esse é o período em que o coronavírus pode ficar incubado numa pessoa sem demonstrar sintomas da doença,

Outros países, como a Austrália, por exemplo, tomaram medidas semelhantes para evitar que o vírus seja trazido junto com os passageiros e acabe se espalhando. A operação de resgate, no entanto, tem enfrentado outras dificuldades nos últimos dias.

A cidade de Wuhan permanece isolada, com bloqueios e sem transporte público. Logo, até o simples deslocamento até o aeroporto é um desafio.

Além disso, diversas famílias de britânicos que são casados com chineses não querem se separar de seus companheiros. O governo de Pequim não reconhece dupla nacionalidade e não permite que uma chinesa com passaporte britânico, por exemplo, saia de Wuhan.

Enquanto esses contratempos são discutidos por diplomatas, o coronavírus se espalha pela China e agora já está em todo o país. Até por isso os governos ocidentais insistem para que seus cidadãos evitem qualquer viagem para o território chinês neste momento.

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