Pandemia irá alterar a dinâmica de trabalho nos escritórios, afirma presidente da Cushman & Wakefield
A presidente da Cushman & Wakefield no Brasil, Celina Antunes, acredita que a pandemia da Covid-19 irá alterar a dinâmica de trabalho dos escritórios. Segundo pesquisa feita pela empresa, a maioria das instituições estão avaliando como positivas as medidas de home office adotadas pelas equipes, olhando “de uma forma diferente” este novo formato.
“Não vai poder todo mundo voltar pros escritórios, eles são super adensados, esse adensamento é péssimo. A reformulação vai levar um tempo mais longo para acontecer. Em um primeiro momento [as empresas] vão ter que se planejar para voltar em etapas ou em rodízios de funcionários. Caso contrário não há como voltar.”
Estas alterações nos protocolos para locais compartilhados já estão sendo observadas em escritórios da empresa em outros países, que começam, aos poucos, a retomar suas atividades. Celina explica, em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (19), que “as pessoas não estão ocupando 100% o escritório” existindo uma “mudança de ocupação do espaço”.
A respeito das renegociações de contratos pela pandemia, Celina conta que no segmento da empresa, que atua em 60 países com a administração e locação de escritórios, as reduções estão variando muito e que acontecem a partir da avaliação direta dos proprietários com os inquilinos.
“Os proprietários estão cedendo quando percebem que a empresa está sofrendo [com a crise]. Não houve uma redução no preço pedido dos imóveis, varia do tamanho da locação, é uma negociação entre as partes”, afirma a presidente da Cushman & Wakefield no Brasil, que explica, no entanto, que a tentativa de redução dos valores pela crise acontece de forma generalizada.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.