‘Pandemia não acabou, mas tem apresentação muito mais tênue’, afirma secretário de Saúde de SP

Jean Gorinchteyn defendeu avanço da vacinação como responsável por melhora do quadro da Covid-19 no sistema de Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2022 08h31 - Atualizado em 22/02/2022 10h52
MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, falando ao microfone durante coletiva de imprensa Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn

O Estado de São Paulo registra queda no número de internações por Covid-19, mesmo com a presença da subvariante BA.2 da Ômicron, considerada muito transmissível. Para falar sobre o assunto, o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, concedeu uma entrevista ao vivo nesta terça-feira, 22, para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Segundo ele, a somatória de pacientes internados em enfermarias e unidades de terapia intensiva (UTI) é menor do que sete mil em todo o território paulista e que, apesar da pandemia não ter acabado ainda, ela passa a ser menos violenta.

“Se o mundo, de forma geral, tivesse vacinado, nós não teríamos locais de produção de novas variantes [do coronavírus], seja na Ásia, seja na África, onde o percentual de vacinação é muito baixo. Isso cria um ambiente muito favorável para o surgimento de novas cepas e, com o mundo globalizado, a tendência é que elas migrem para a Europa, Estados Unidos e para o continente sulamericano, e o Brasil não seria diferente. Temos que vacinar. Não adianta dizer ‘acabou a pandemia’. Nós vamos ter a circulação de vírus, porém, à medida em que avançamos no processo de vacinação, as manifestações [da Covid-19] tendem a ser diminuídas, minoradas, porque eu melhoro a imunidade da população. Então, eu não diria que acabou a pandemia, mas ela passa a ter uma apresentação muito mais tênue, menos virulenta, de causar doenças mais graves e, dessa forma, temos que nos proteger”, afirmou Gorinchteyn.

Segundo o secretário, 98% da população adulta que vive no Estado de São Paulo está vacinada contra a Covid-19 com pelo menos uma dose e 87% com duas doses. Além disso, ele destacou que 65% das crianças de 5 a 11 anos de idade também já estão vacinadas. “Isso é um caso de sucesso. Nós nunca tivemos, na história das vacinações, uma adesão rápida e robusta como nós estamos tendo, especialmente, da faixa etária pediátrica, apesar de todas as notícias que desestimulam pais a levarem seus filhos [para se imunizarem]. Mas o nosso objetivo, para todas as faixas etárias, é ter 90% da população imunizada, seja de adultos, com duas doses, ou de crianças”, disse. E continuou: “Estamos muito bem na vacinação. E é isso que nos deixa muito tranquilos de seguir em frente com essa segurança de que nós não teremos as formas tão graves, com aqueles contingentes comprometendo o nosso sistema de saúde”, finalizou.

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