Panorama histórico mostra que mundo não parece interessado em promover desarmamento nuclear
A Coreia do Norte pode suspender os testes com mísseis nucleares e iniciar um diálogo com os Estados Unidos.
A hipótese foi levantada nesta terça-feira (06), após um raro encontro diplomático de Kim Jong-un com representantes diplomáticos sul-coreanos em Pyongyang.
Um porta-voz da Coreia do Sul disse ainda que o regime comunista poderia abrir mão de armas atômicas, se a segurança do país for garantida.
Um encontro de cúpula, reunindo os representantes máximos das duas nações, deve acontecer no mês que vem, numa cidade próxima à fronteira entre as Coreias.
Enquanto isso, aqui no Brasil, autoridades envolvidas nas áreas de segurança e defesa discutiram os 50 anos do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
O Brasil ratificou a entrada no acordo em 1998, no governo FHC.
O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lembrou, no entanto, que, de lá para cá, o mundo continuou se armando.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional se disse um pacifista e que não deseja o aumento no número de países que possuem armas nucleares. O general Sérgio Etchegoyen considerou, no entanto, que o tratado não produziu resultados efetivos no campo do desarmamento.
Os cinco países que detêm armas atômicas desde a assinatura do tratado são Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
Ao longo dos anos, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte se tornaram nações com capacidade bélica nuclear.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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