Para baixar custos dos caminhoneiros, governo quer incentivar conversão de motores para gás natural

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2019 06h30 - Atualizado em 24/07/2019 06h31
Aloisio Maurício/Estadão Conteúdo Os caminhoneiros apoiaram a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência da República Uma das alternativas para reduzir os custos do setor é a conversão dos motores a diesel para gás natural

A administração do presidente Jair Bolsonaro lançou nesta terça-feira, 23, o Novo Mercado de Gás, programa que visa reduzir o preço do insumo em até 40% nos próximos dois anos. Durante o anúncio da iniciativa, o governo sinalizou aos caminhoneiros —  que pressionam por aumento no valor da tabela de fretes — que uma das alternativas para reduzir os custos do setor é a conversão dos motores a diesel para gás natural.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque explica que o gás hoje é extremamente importante no desenvolvimento do país, não só como combustível veicular mas também como  insumo para a indústria.  “O que nós sabemos é que os preços já estão caindo. os novos negócios já estão sendo realizados com preços reduzidos. Isso, ao longo do tempo tem uma expectativa de redução até chegar a 40% na diminuição do preço do gás natural”, disse.

O governo estuda também fazer alterações nas termelétricas que garantem o fornecimento de energia durante a época da seca, quando cai o nível dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras. Hoje elas são movidas à óleo diesel, o que torna a energia cara e altamente poluente. A substituição pelo gás natural em Roraima já reduziu em 40% o preço da geração de energia na região, segundo o ministro.

Ainda foi anunciado a criação de um comitê  de monitoramento da abertura do mercado de gás. A Petrobras foi alvo de muitas críticas, uma vez que hoje detém o monopólio do setor. O discurso é de que é preciso ter concorrência para forçar a queda nos preços.   Para que o mercado  seja dinâmico e eficiente.

Segundo o ministro Paulo Guedes,  o gás produzido no país é três vezes mais caro por exemplo do que o consumido nos estados Unidos.  E é mais caro também que o produto no Japão, que importa 100% do que consome.  O governo  trabalha ainda  com a possibilidade de queda no preço do gás de cozinha.  Em agosto, a expectativa é de que sejam aprovadas regras para possibilitar a venda fracionada do produto.  Como acontece hoje,  com outros combustíveis como  a gasolina. A a Petrobras deu uma boa notícia: a redução de 6% no preço do gás de cozinha. O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que o governo começa a dar certo, exatamente porque ele soube escolher as melhores pessoas para os cargos.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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