Para ficar mais competitivo, Brasil deve ter relação de igualdade com EUA, defende presidente da Amcham
A Amcham Brasil comemora neste ano o marco de 100 anos de sua fundação com um novo presidente. Luiz Pretti, presidente da Cargill Brasil, assume o posto de presidente do Conselho de Administração da entidade.
Em tempos de discussões sobre presença do Brasil no comércio exterior, relações com os Estados Unidos, além da guerra entre norte-americanos e chineses, Pretti destacou que o Brasil deve agir “de igual para igual”. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente da Amcham repetiu que o Brasil não pode “ficar de malzinho” dos EUA e deve ser competitivo.
“Parte das coisas que temos que fazer para ficar mais competitivo é ter relação de igualdade. Não dá para desprezar o maior mercado consumidor do mundo, mas para isso a gente precisa preparar empresas brasileiras que atuam no Brasil”, disse tanto sobre as de capital nacional quanto as de capital estrangeiro que atuam no País.
Segundo Pretti, a aprovação de reformas como a da Previdência, a tributária e investimentos em infraestrutura, educação são formas de o Brasil ser competitivo.
“A lição de casa [para a relação comercial com os EUA] é justamente deixar as empresas brasileiras preparadas para essa competição. As pessoas se esquecem que as empresas brasileiras são capazes de investir nos Estados Unidos. Hoje, as empresas brasileiras são o 2º maior empregador entre países emergentes nos Estados Unidos”, explicou Luiz Pretti.
Em relação à guerra comercial entre China e EUA, e à possibilidade de os dois países voltarem a ter boas relações, o presidente da Amcham e da Cargill Brasil destacou que o Brasil, neste ambiente, deve ser “como uma mãe com diversos filhos”.
“O fato de o Brasil ter boa relação com os Estados Unidos não é excludente você ter relação comercial com a China. Tem que ter relações com a China, Japão, Oriente Médio. Em relação a um eventual acordo da guerra comercial entre China e Estados Unidos, estamos torcendo para que aconteça, porque o aumento de tarifas é ruim para o mundo. O crescimento mundial vai ser prejudicado se eles não se acertarem”, finalizou.
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