Para MP, razões para transferência de Cabral são robustas, diz procurador da República

Cercado de privilégios enquanto estava preso na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi transferido para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, nesta quinta-feira (18).
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o procurador da República e integrante da força-tarefa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, Sérgio Pinel, ressaltou que a presença de Cabral “desestruturou o próprio sistema penitenciário do Estado” e a que a sua prisão preventiva não o estava afastando da organização criminosa.
O procurador afirmou ainda que há a possibilidade de a defesa de Sérgio Cabral impetrar um habeas corpus, mas que, “para o Ministério Público, as razões para o fundamento da transferência são robustas”. “Se impetrado um habeas corpus, o TRF2 e o TRF4 irão apreciar e vamos ver”, disse.
Segundo Pinel, o local de cumprimento da pena em caso de prisões preventivas é uma medida administrativa. “Com afastamento pretendemos que essa liderança que ele permaneceu exercendo acabe sendo afastada”, disse o procurador.
“No caso do Rio de Janeiro, em razão da propositura de improbidade administrativa foi afastada toda a cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária. O Ministério Público do Estado ajuizou ação de improbidade em face do atual secretário de Administração Penitenciária, dos diretores de Bangu e Benfica e da cúpula da SAP, pretendendo punição cível”, explicou.
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