Para recuperar estoque, Ceagesp vai abrir durante 24h até 9 de junho

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 30/05/2018 13h24 - Atualizado em 30/05/2018 13h25
Rovena Rosa / Agência Brasil fluxo financeiro caiu R$ 72 milhões durante a greve dos caminhoneiros

A greve dos caminhoneiros chega ao 10º dia e, mesmo perto do fim, ainda causa inúmeros transtornos pelo País. Um dos pontos mais afetados pela crise foi a Ceagesp, na zona oeste de São Paulo. O movimento caiu quase 70% no maior entreposto comercial da América Latina. Mas nesta quarta-feira (30), já houve alguns sinais de melhoras.

Até as 9h da manhã, haviam entrado no local mais de 500 caminhões vindos especialmente do interior paulista. Além disso, o Ceagesp anunciou que vai funcionar por 24h até o dia 9 de junho para reabastecer estoques. A venda de produtos também está liberada.

De acordo com Flávio Godas, economista da Ceagesp, a maior dificuldade é a chegada dos caminhões com produtos vindos fora do Estado de São Paulo. O que a central está recebendo é a produção proveniente do cinturão verde de São Paulo, como folhas, pimentão, pepino, tomate e chuchu, por meio de caminhos alternativos.

Na terça, o fluxo de caminhões na Ceagesp foi 10% de um dia de movimento normal. Entraram 115 veículos vindos principalmente do interior de São Paulo e do Cinturão Verde da Grande São Paulo. Na percepção de Flávio Godas, houve alguma melhora na oferta de verduras. “Senti um pouco mais de confiança dos produtores de regiões mais próximas, mas o problema persiste para aqueles que têm de percorrer longas distâncias, especialmente de fora do Estado”, explicou.

Godas disse que o balanço da comercialização, que começa ao meio dia, será divulgado no fim da tarde desta quarta. Segundo o último dado divulgado, os atacadistas deixaram de comercializar cerca de 29.419 toneladas na semana passada. O fluxo financeiro caiu R$ 72 milhões, cerca de 45,5%, passando de R$ 158 milhões para pouco mais de R$ 86 milhões.

A Ceagesp estima que, nesta época do ano, são comercializadas de 60 mil a 65 mil toneladas por semana. Nesta primeira semana de greve foram comercializadas 33.839 toneladas. Em relação a semana imediatamente anterior a greve, quando o volume registrado foi de 63.258 toneladas, houve queda de 46,5%.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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