Parlamento britânico volta aos trabalhos após recesso com pressões por conta de Brexit

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2017 10h09 - Atualizado em 05/09/2017 10h10
EFE O governo britânico teve que admitir que será impossível negociar os acordos de livre comércio para substituir os entendimentos que a União Europeia tem com quase 40 países

O parlamento britânico volta a trabalhar nesta terça-feira (05), depois do recesso de verão, e as pressões sobre a primeira-ministra por causa do Brexit se intensificaram.

Nesta segunda-feira (04), o governo britânico teve que admitir que será impossível negociar os acordos de livre comércio para substituir os entendimentos que a União Europeia tem com quase 40 países. Será preciso fazer uma espécie de mutirão diplomático e comercial simplesmente copiando os mesmos acordos que já existem no bloco.

Além disso, os negociadores europeus do Brexit afirmam que está na hora dos britânicos levarem as negociações à sério. Três rodadas mensais de encontros já foram realizadas e nada avançou.

Os britânicos pretendem intensificar as negociações já que o prazo para a efetivação do divórcio está chegando – é daqui a um ano e meio. O sentimento geral entre diplomatas e executivos do mercado é de que essa data, março de 2019, não será cumprida.

Para embolar ainda mais o meio de campo, a oposição trabalhista mudou sua posição política e agora defende a permanência do Reino Unido na união fiscal e no mercado comum por um período de até quatro anos. O partido também quer restringir os poderes do governo britânico quando o país sair da União Europeia.

Tudo isso deixa a situação de Theresa May como primeira-ministra cada vez mais delicada. E com o retorno do parlamento hoje, ela terá que conter o descontentamento entre seus colegas de partido e da oposição para tentar se manter no cargo por mais algum tempo, o que parece mais improvável a cada dia.

Confira as informações do correspondente da Jovem Pan na Europa, Ulisses Neto:

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