Parte do PSDB acabou levando Doria na lorota de que é fácil disputar o governo de SP, diz Márcio França

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2018 10h33 - Atualizado em 17/07/2018 11h37
Johnny Drum/Jovem Pan "Ele foi meio enganado por grupo de pessoas que disse que seria fácil", disse França sobre Doria

Com a dificuldade de tentar a reeleição em um Estado governado pelo PSDB desde 1995, o governador Márcio França tem a oposição tucana e a falta de conhecimento da população como seus principais obstáculos em São Paulo.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o pré-candidato pelo PSB reconheceu a dificuldade, mas acredita que a mídia espontânea e o período de campanha podem ajudá-lo. França aproveitou ainda para alfinetar citados em investigações. “Pessoas conhecem quem disputou eleição majoritária grande. Como nunca disputei e não me meti em listas famosas, acaba que não fiquei muito famoso”, disse.

Sobre seu “rival”, João Doria, o “herdeiro” de Alckmin disse que ele foi enganado. “Parte do PSDB acabou meio que levando o Doria na lábia, na lorota de que é fácil disputar o governo de São Paulo e, quem sabe, até ser candidato à Presidência. Ele foi meio enganado por grupo de pessoas que disse que seria fácil. Eu e Geraldo falamos que não seria tão fácil assim, que a renúncia da Prefeitura teria um peso”, explicou.

Questionado se o ex-governador Geraldo Alckmin teria dado um suporte maior para o lançamento da pré-candidatura de Doria ao Palácio dos Bandeirantes, França ironizou o ex-prefeito: “Doria fez a gracinha de pensar que poderia ser candidato a presidente da República, presidente da ONU, governador e que tudo seria fácil. Ele pode até ganhar, mas não será fácil”.

O atual governador ainda comparou a situação de Alckmin ao apoiar Doria com a imagem do jogador croata Modric, que ganhou o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo, no mesmo dia em que sua seleção conquistava a prata no torneio. “Ele [Alckmin] está levantando a taça meio sem graça. Mas ele pensa outra coisa”, disse.

Márcio França voltou a dizer ainda que os tucanos têm um “medinho” dele e que não é porque o PSDB governa o Estado há mais de 20 anos que o Palácio pertence à sigla. Além disso, o governador rebateu as representações feitas por tucanos de que ele usaria a máquina pública para autopromoção. “Essas representações só tem um nome: medo. Medinho. É grupo de tucanos que acham que o governo de São Paulo é deles. Se eu toco em uma coisa não pode. Tudo aquilo pertence ao povo, e eles vão decidir em outubro”.

Confira a entrevista completa com o governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Márcio França:

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