Partidos tentam superar divergências para avançar com reforma política
O Congresso corre contra o tempo para aprovar as mudanças nas leis eleitorais para 2018. Para que a Reforma Política seja válida no ano que vem, ela precisa ser aprovada até um ano antes das eleições. Portanto, a proposta tem de passar por Câmara e Senado até o fim de setembro.
Para isso, o momento é de avaliar o que é consenso ou não entre os partidos e tentar discutir entre os líderes, como afirmou o vice-líder do Governo, deputado Beto Mansur (PRB): “o tempo é pequeno e não há consenso entre os partidos para determinadas questões”.
O ponto que mais gera discordâncias é o sistema para eleição de deputados e vereadores. A proposta inicial do relator, o deputado Vicente Cândido (PT), era o voto em lista fechada, mas não encontrou apoio na Câmara.
Agora, a intenção dele é manter o sistema atual para 2018, com uma mudança só a partir de 2022. Mas uma articulação comandada por partidos do Centrão tenta emplacar o chamado “Distritão”.
Neste modelo, os candidatos mais votados serão necessariamente os eleitos. Por outro lado, a grande maioria dos deputados concorda em dois itens: o fim das coligações partidárias e uma cláusula de desempenho, para limitar o número de partidos no País, como destacou o líder do PT, deputado Carlos Zarattini: “precisamos resolver o problema do fim das coligações e com a cláusula de desempenho”.
Outro ponto importante da Reforma Política é o financiamento de campanha. A tendência é que se aprove um fundo público, sem a contribuição de empresas, para custear as campanhas do ano que vem.
*Informações do repórter Levy Guimarães
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.