Passada votação de denúncia, deputados começam a projetar próximas semanas na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2017 06h15 - Atualizado em 04/08/2017 10h31
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BRA100. BRASILIA (BRASIL), 12/04/2017 - Vista general de la Cámara de Diputados vacía hoy, miércoles 12 abril de 2017, en Brasilia (Brasil). Las investigaciones autorizadas por supuesta corrupción contra ocho ministros y decenas de legisladores de 14 partidos abrieron hoy otra fase de la aguda crisis política brasileña y dejaron contra la pared al Gobierno de Michel Temer. Además de ocho ministros y decenas de parlamentarios, en la lista de sospechosos están 12 de los 27 gobernadores del país y los cinco expresidentes brasileños vivos: José Sarney (1985-1990), Fernando Collor de Mello (1990-1992), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) y Dilma Rousseff (2011-2016). EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves A intenção do Governo é retomar as discussões em torno da Reforma da Previdência

Passada a votação que rejeitou a denúncia contra o presidente Michel Temer, deputados já começam a projetar o que vem pela frente na Câmara.

A intenção do Governo é retomar as discussões em torno da Reforma da Previdência. Desde o início do ano, a matéria é vista como prioridade, mas foi interrompida desde que explodiu o escândalo das delações da JBS.

Agora, a recontagem de votos e as negociações devem recomeçar. São necessários 308 votos para a proposta ser aprovada. Outras pautas como as reformas Política e Tributária também devem voltar à pauta.

As leis eleitorais precisam ser mudadas até o fim de setembro para valerem para o ano que vem. Por isso, os parlamentares têm pressa, como destacou o líder do DEM, deputado Efraim Filho: “a primeira matéria a ser tratada na agenda da Câmara é a reforma política, que tem tempo para acontecer, tem timing até dia 07 de outubro, e todo mundo quer essa mudança”.

Por outro lado, a oposição chamou a atenção para a possibilidade de uma segunda denúncia chegar aos deputados. É provável que nos próximos dias ou semanas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denuncie Temer por obstrução de justiça.

O deputado Alessandro Molon, da Rede, destacou o aumento do desgaste do governo: “fragilizado. O paciente sobreviveu, mas o paciente está na UTI com aparelhos ligados, infelizmente pagos pelo povo brasileiro. Governo não tem base para aprovar a reforma da Previdência e vai continuar refém da pauta criminal”.

Caso realmente chegue a segunda denúncia, ela passa pelo mesmo processo que a primeira, por corrupção passiva.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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