Patinetes: É preciso avaliar se importância compensa a vida, avalia engenheiro
Em meio ao trânsito caótico de cidades como São Paulo, os patinetes são vistos, assim como as bicicletas, como um mais uma alternativa de locomoção
Em meio ao trânsito caótico de cidades como São Paulo, os patinetes são vistos, assim como as bicicletas, como mais uma alternativa de locomoção. Para o engenheiro urbano e consultor Luiz Célio Bottura, no entanto, é preciso pesar se a importância que esses veículos têm para a micromobilidade compensa a vida.
Bottura explica que os acidentes de trânsito têm um custo biolionário para o país, que será pago por toda a sociedade. De acordo com ele, a aplicação da lei de trânsito precisa ser rigorosa, pois, além da economia financeira, tem também uma outra vantagem: “Você salva uma vida, diminui as sequelas e as dores familiares”, disse neste sábado (11) em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
O engenheiro defende que as empresas responsáveis pelos patinetes ajudem no processo de fiscalização e de punição de quem infringir as regras — ainda inexistentes. “A empresa tem o teu cadastro, tem a informação de quem está usando o patinete naquele momento. Ela tem que se envolver nisso”, afirmou.
A respeito da regulamentação do uso dos patinetes, Bottura avalia que será uma missão “que tende ao impossível”. A começar pelo fatos de que eles, assim como as bikes, não têm placa.
Ele ressalta, entretanto, que o trânsito depende, majoritariamente, de um fator comportalmental, independentemnete da existência de leis ou não. “Vai depender mais da pessoa que está conduzindo aquele veículo a respeitar as regras, as normas e a coletividade.”
“O veículo, qualquer que seja a sua qualificação, ele é mais perigoso do que uma arma. Ele mata mais porque depende dos outros, enquanto a arma, você tem o mínimo de controle sobre ela”, disse.
O engenheiro defende que, por ora, a melhor alternativa é que as pessoas conduzam os patinetes pelas ciclofaixas. “O importante é preservar a vida”. “Mas não é o ideal, é apenas mais um quebra-galho”, disse.
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