Patinetes não são tão ecologicamente corretos como se pensava
Os patinetes elétricos, a nova febre tecnológica de mobilidade urbana nos grandes centros urbanos, são sustentáveis para o meio ambiente? A resposta é não.
Um estudo divulgado por pesquisadores americanos da Universidade Estadual da Carolina do Norte avaliou os gastos energéticos que envolvem o processo de fabricação, transporte, bateria, descarte e tempo de vida dos equipamentos.
A conclusão é que, apesar dos patinetes emitirem uma quantidade mínima de gases do efeito estufa durante o uso, todos esses fatores pesquisados podem ser mais nocivos ao meio ambiente do que um ônibus movido a diesel lotado de passageiros, por exemplo.
O médico especialista em poluição atmosférica e diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP, Paulo Saldiva, explica que o estudo levou em consideração o ciclo de vida do patinete elétrico e que os equipamentos não são neutros em emissão de gás carbônico.
“Eles calculam as emissões necessárias para construção do patinete. Obtenção dos materiais, construção das baterias, desmonte visto a baixa durabilidade. E compara com as emissões decorrentes da operação de transportes convencionais”
O estudo revelou ainda que os patinetes produzem cerca da metade das emissões de um automóvel padrão, se levada em conta a quantidade de energia gasta para fabricação, manutenção, transporte e tempo de vida do equipamento.
*Com informações da repórter Marcela Rahal
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