Paulo Guedes quer apresentar proposta de reforma da Previdência no dia 20
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende apresentar no próximo dia 20 a proposta de reforma da Previdência. O vice-presidente Hamilton Mourão sinalizou que a ideia é pedir aos governadores apoio das bancadas estaduais para garantir a aprovação da matéria.
A data dada por Guedes, entretanto, vai depender do sinal verde de Jair Bolsonaro. O porta-voz da Presidência, Rego Barros, disse que ainda não há previsão de alta do presidente e que este só irá se debruçar sobre a matéria quando sair do hospital.
Só após as condições totais de análise de Bolsonaro é que o projeto final será liberado para ir ao Congresso.
O Governo sabe que, seja qual for o texto encaminhado, ele será alterado por deputados e senadores. A dúvida é saber se Guedes vai ou não conseguir convencer Bolsonaro a propor reforma mais rigorosa.
A estratégia de ter dois temas fortes tramitando de forma conjunta no Congresso também tem sido questionada em Brasília.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, ao anunciar essa semana o pacote de combate ao crime, avaliou que o Congresso tem condição de analisar mais de um assunto ao mesmo tempo, mesmo que sejam temas complexos e importantes. No Supremo Tribunal Federal, a avaliação entre os ministros é de que são grandes as chances das medidas propostas pelo ministro da Justiça serem questionadas no Tribunal.
O ministro do Supremo, Roberto Barroso, avaliou que o pacote de medidas vem em boa hora e é de uma forma geral positivo. Ele evitou fazer maiores comentários, exatamente porque acredita que haverá questionamentos com relação à constitucionalidade das propostas.
O ministro Celso de Mello também evitou se posicionar diretamente sobre a questão. Disse que ainda é cedo para falar em questionamentos e que tudo vai depender da discussão que se dará no Congresso. Para tentar facilitar a aprovação da matéria, o ministro Sergio Moro já alterou alguns pontos da proposta original apresentada no início da semana atendendo a sugestões dos governadores e da Casa Civil. A expectativa é de que no Congresso também sejam feitos ajustes.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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