Paulo Marinho prestará depoimento à PF nesta quarta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2020 06h35 - Atualizado em 20/05/2020 07h26
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Paulo Marinho O novo diretor-executivo da PF, Carlos Henrique de Sousa, foi ouvido novamente na terça-feira e afirmou ter sido convidado por Ramagem

O empresário Paulo Marinho vai depor nesta quarta-feira (20) à Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Marinho deverá esclarecer supostos vazamentos da Operação Furna da Onça ao então deputado estadual e atual senador Flavio Bolsonaro em 2018.

A investigação revelou um esquema de desvio de verbas de gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O inquérito identificou uma movimentação atípica na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Alerj.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Paulo Marinho disse que Flávio Bolsonaro teria sido alertado por um delegado da Polícia Federal sobre a operação, deflagrada pouco depois do segundo turno das eleições daquele ano.

Segundo o empresário, que também é suplente do senador, o delegado teria prometido “segurar” a investigação para não interferir na disputa que terminou com a vitória de Jair Bolsonaro.

Flavio diz que o ex-aliado da família se deixou levar pela ambição por querer a vaga dele no Senado. Em uma live nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que Paulo Marinho precisa provar a acusação.

O novo diretor-executivo da PF, Carlos Henrique de Sousa, foi ouvido novamente na terça-feira e afirmou ter sido convidado por Alexandre Ramagem para assumir o segundo posto na hierarquia da corporação.

A sondagem teria ocorrido em 27 de abril, um dia antes de Ramagem ser nomeado diretor-geral da Polícia Federal. No primeiro depoimento, Souza havia dito que “ninguém” o procurou sobre o assunto.

Ex-chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Carlos Henrique de Souza não explicou porque decidiu mudar a versão. O novo depoimento sugere ainda que Ramagem teria ocultado que a troca do comando da PF no Rio estaria definida quando foi chamado para a diretoria-executiva.

À PF, Ramagem disse que não teve “qualquer influência” na escolha de Sousa para o cargo. A indicação de Alexandre Ramagem acabou sendo barrada pelo Supremo Tribunal Federal.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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