Pauta da Câmara avança pouco e atrasa projetos prioritários para o Governo

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2018 06h16
Luis Macedo/Câmara dos Deputados Dos quatro projetos mais importantes que estavam na agenda, só um foi votado: o que institui o Sistema Único de Segurança Pública

Primeiro era a janela da infidelidade, que permitia aos deputados trocar de partido livremente. Depois, as repercussões da prisão do ex-presidente Lula. Nas últimas semanas, sempre algum fator interno ou externo tem prejudicado a pauta de votações da Câmara, que avança de forma bem mais lenta do que o esperado.

No mês passado, a preocupação de muitos parlamentares era negociar com o partido que oferecesse a eles as melhores condições para se reeleger no fim do ano. Já nos últimos dias, deputados de oposição começaram uma forte obstrução, uma tática para atrasar e dificultar as votações.

A postura é um protesto contra a prisão do ex-presidente Lula. Com isso, dos quatro projetos mais importantes que estavam na agenda, só um foi votado: o que institui o Sistema Único de Segurança Pública.

O vice-líder do Governo, deputado Beto Mansur (MDB), criticou a tática da oposição: “em qualquer país desenvolvido a gente tem que ter o mínimo de pauta para poder ter união para votar. E não tem cobimento as lideranças de oposição ficarem obstruindo”.

Para esta semana, o primeiro item da pauta de votações é o cadastro positivo, que cria uma lista de consumidores que são bons pagadores. Também estão na agenda a regulamentação do lobby e a reoneração das folhas de pagamento. Já a proposta que privatiza a Eletrobras está emperrada há três semanas na comissão especial. A base do Governo não tem dado quórum para abrir as sessões e votar requerimentos.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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