Pazuello se reúne com prefeitos nesta quinta para discutir vacinação no Brasil

Encontro acontece após a Confederação Nacional dos Municípios defender a demissão do ministro

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2021 06h25 - Atualizado em 18/02/2021 12h52
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Carolina Antunes/PR A Frente Nacional de Prefeitos cobra uma previsão de distribuição das vacinas a longo prazo

Depois de se comprometer, durante reunião com governadores nesta quarta-feira, 17,  a distribuir 230 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 até julho, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem encontro nesta quinta-feira, 18, com prefeitos. A Confederação Nacional dos Municípios fez duras críticas ao Ministério da Saúde e defendeu, inclusive, a substituição do ministro. Ao mesmo tempo, a Frente Nacional de Prefeitos cobra uma previsão de distribuição das vacinas a longo prazo. Ainda nesta quarta-feira, Pazuello anunciou cronograma e se comprometeu a disponibilizar 11 milhões de novas doses dos imunizantes ainda em fevereiro, o que inclui cerca de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, e pouco mais de 9 milhões de unidades seriam CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan.

Em março, a expectativa é de que sejam disponibilizadas mais 35 milhões de doses, sendo 18 milhões do Butantan e cerca de 17 milhões da Fiocruz. Esse cronograma apresentado pelo ministro aos estados leva em conta negociações para a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, produzida na Rússia, e outras 20 milhões de doses da Covaxin, produzida na Índia. “Pudemos apresentar um cronograma que vai até o final do ano, onde listamos ali todos os laboratórios que o Ministério vem trabalhando, dois laboratórios, duas instituições, como Butantan e Fiocruz, já com compras e contratos executados, já com entregas em andamento”, disse o chefe da saúde. Segundo o governador do Piauí, Welington Dias, o ministro deve apresentar a estimativa de quantas doses ainda serão disponibilizadas aos estados até a próxima segunda-feira, 22.  A expectativa é de garantir, pelo menos, a vacinação do grupo de maior risco. “E isso tem uma expectativa de efeito que é de reduzir, tanto pressão com internações hospitalares e também a redução de óbitos. Esse grupo que responde por cerca de 70% das hospitalizações e também dos óbitos”, disse.

Até o fim do ano, o governo promete chegar a 450 milhões de doses disponibilizadas. Muitos governadores e prefeitos estudam a possibilidade de comprar doses extras da vacina, diante da demora do governo federal. No entanto, o presidente da Frente Nacional dos prefeitos, Jonas Donizette, acredita que esse não é o melhor caminho. “Nós da Frente de Prefeitos,  a gente acha que o adequado não é cada cidade se virar, vamos dizer assim. É ter uma coordenação do governo central, do governo federal no Ministério da Saúde, para abastecer todo o país de vacinas, mesmo que seja uma quantidade menor, mas uma informação correta de quando e como nós vamos receber.”

Durante a reunião com os governadores, o ministro tranquilizou as autoridades com relação aos leitos de terapia intensiva para Covid-19, afirmando que todo equipamento utilizado será efetivamente pago pelo governo federal. Também foi abordada a questão da compra de insumos e medicamentos. Pazuello afirmou que o preço de 21 medicamentos está sendo monitorado e que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aplicou mais de 50 multas por preços abusivos. O ministro disse ainda que a pasta da Saúde negocia a compra de vacinas do laboratório Pfizer, a qual só poderá fornecer a partir de julho, além das doses do Janssen, a partir de outubro.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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