Pedido de Aécio é negado e inquérito sobre ‘doações’ de Joesley seguirá em SP

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2019 06h44 - Atualizado em 02/07/2019 09h57
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo A denúncia pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça foi recebida pelo STF em 2017 e foi passado para a Justiça de São Paulo

A Justiça decidiu manter em São Paulo o inquérito que investiga doações da JBS para Aécio Neves. O juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal Criminal, negou um pedido da defesa do deputado federal e determinou que o caso seja mantido no fórum da capital paulista.

O inquérito policial investiga o repasse de R$ 2 milhões da JBS ao político.

Ele está vinculado ao processo em que Aécio foi acusado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça por ter solicitado e recebido o valor do empresário Joesley Batista durante uma reunião em um hotel na capital.

A denúncia foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal em 2017. No entanto, após a restrição do foro privilegiado na Corte, o caso foi repassado para a Justiça paulista neste ano, em fevereiro.

O inquérito que a defesa de Aécio pleiteou transferir para a Justiça Eleitoral de Brasília trata de oito episódios envolvendo pagamentos determinados por Joesley Batista ao tucano antes e após a eleição de 2014, quando o então candidato à presidência da República foi derrotado por Dilma Rousseff.

O juiz entendeu que a petição da defesa não merece acolhimento porque “não se verificam elementos concretos a indicar a prática de crime eleitoral”.

Em nota, o advogado Alberto Toron havia informado que recorreria da decisão e que “o aprofundamento das investigações vai desmascarar as falsas acusações do senhor Joesley Batista e mostrará a correção dos atos do Deputado Aécio Neves”.

Mais tarde, a defesa declarou que o magistrado não afastou a alegação de competência da Justiça Eleitoral, apenas a considerou prematura.

*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto

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