Pela 1ª vez, pesquisadores nos EUA conseguem modificar genes defeituosos em embriões
Pela primeira vez nos Estados Unidos, pesquisadores conseguiram modificar genes defeituosos em embriões humanos. De acordo com a Universidade de Ciências e Saúde de Oregon, foi utilizada uma técnica chamada “CRISPER”, que envolve uma espécie de tesoura molecular que pode, de modo preciso, eliminar partes não desejadas do genoma humano, para substituí-las por novos fragmentos de DNA.
Pesquisadores da Universidade de Sun Yat-sen, na China, foram os primeiros a usar essa técnica em embriões humanos, em 2015.
A professora titular de genética e diretora do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células Tronco da Universidade de São Paulo, Mayana Zatz, explicou alguns dos empecilhos enfrentados pelos pesquisadores. “Havia toda uma polemica em relação a parte ética de você fazer pesquisa em embriões, porque se você altera um gene em um embrião, você passa isso para as próximas gerações”.
Zatz afirmou que há pesquisas parecidas sendo realizadas no Brasil, só que envolvendo células humanas, e não embriões. Ela também destacou a importância do estudo para o desenvolvimento da ciência: “você vai poder primeiro permitir a casais que têm risco a terem filhos com doenças genéticas a terem filhos normais. A outra coisa é tratar doença genética de uma pessoa que já nasceu”.
O estudo realizado na Universidade de Saúde e Ciência de Oregon busca corrigir genes que causam doenças hereditárias. Pesquisas parecidas foram criticadas pela Academia Nacional de Ciências norte-americana, em 2015, mas acabaram sendo reconsideradas, em março deste ano, devido aos avanços realizados.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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