Pela primeira vez, terapia gênica é aprovada nos EUA para tratamento de leucemia

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2017 08h54 - Atualizado em 31/08/2017 11h48
Reprodução A FDA, agência que regulamenta o mercado farmacêutico norte-americano, aprovou um tratamento que utiliza a terapia gênica para pacientes com leucemia linfoide aguda

Pela primeira vez nos Estados Unidos, a terapia gênica poderá ser usada comercialmente.

A FDA, agência que regulamenta o mercado farmacêutico norte-americano, aprovou um tratamento que utiliza a terapia gênica para pacientes com leucemia linfoide aguda, um tipo de câncer caracterizado pela produção maligna na medula óssea de linfócitos imaturos, células que são responsáveis pela defesa do organismo contra doenças, infecções e alergias.

O tratamento envolve a extração desses linfócitos do paciente.

Em laboratório, eles são tratados geneticamente. Ao serem reinjetadas, as células turbinadas passam a atacar os tumores de uma forma mais eficaz.

De acordo com o grupo farmacêutico Novartis, que detém a patente do tratamento, a taxa de cura chegou a 83% em estudos feitos com pacientes de centros científicos dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália, do Japão e de países da Europa.

O oncologista Paulo Hoff, titular da Academia Nacional de Medicina, destacou a importância da evolução científica para o tratamento do câncer: “o que há de bastante interessante nesta terapia é que potencialmente ela pode ser aplicada a outros tipos de câncer”.

A terapia gênica foi liberada para crianças e jovens de até 25 anos que não respondem aos tratamentos tradicionais.

A preocupação gira em torno da resposta inflamatória exagerada que pode acompanhar a ação do tratamento. Se não for controlada adequadamente, a reação pode levar à morte.

De acordo com o grupo farmacêutico Novartis, o preço deverá girar em torno de 475 mil dólares por paciente, o equivalente a um milhão e 500 mil reais.

No Brasil, os preços praticados após a aprovação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, costumam ser menores que os do mercado norte-americano.

Ainda não há previsão para a chegada do tratamento no Brasil.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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