Perfis russos teriam agido para influenciar resultado do Brexit via redes sociais, aponta estudo
Estudo de universitários de Swansea, no País de Gales, e de Berkeley, na Califórnia, revelou que 45 mil mensagens foram postadas em contas do Twitter registradas na Rússia.
No total, mais de 150 mil contas do Twitter, todas baseadas na Rússia, postaram de forma frequente durante a campanha anterior ao referendo do Brexit.
A maioria das mensagens demonstrava apoio ao Brexit, enquanto outras, em quantidades menores, apoiavam a União Europeia, em busca de uma clara intenção de semear a discórdia entre os eleitores britânicos.
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, identificaram ainda, ao trabalharem sobre 2.750 contas de Twitter suspensas nos EUA por ingerência russa na campanha presidencial norte-americana, ao menos 419 contas que postaram mensagens sobre o Brexit.
De acordo com o jornal The Guardian, as contas russas foram registradas pela Agência Russa de Pesquisa da Internet, que é ligada diretamente ao Kremlin.
No Reino Unido, a primeira-ministra Theresa May sugere a ingerência externa no referendo do Brexit, mas Boris Johnson, seu rival dentro do partido Conservador, é alinhado a Donald Trump. Ambos defendem o governo russo de Vladimir Putin, que continua negando ingerências nas políticas internas dos EUA e do Reino Unido.
Mas existe discussão no quanto as postagens feitas por hackers da Rússia influenciam o cidadão na hora do voto. É questionável o resultado preciso desse investimento. Na França, dizia-se que a Rússia apoiava Marine Le Pen. Mas ela não foi sequer ao segundo turno.
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