Pesquisa mostra que 65% dos brasileiros não conseguem guardar dinheiro no fim do mês

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2017 06h57
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Estamos a duas semanas de 2018, e a sensação de dinheiro curto parece que vai para a virada com muita gente.

Estamos a duas semanas de 2018, e a sensação de dinheiro curto parece que vai para a virada com muita gente.

Se você que ouve isso agora está pensando em paralelo na conta que está pra vencer, naquele aumento que não cairia nada mal se viesse agora, saiba: tem muito mais gente na mesma do que você pensa.

O SPC ouviu as pessoas para saber sobre o bem-estar financeiro das pessoas. A gente abre o Facebook, o Instagram e vê todo mundo tranquilo, postando foto em viagem, mas a realidade não está tão fácil assim

Segundo a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito, 63% dos entrevistados, ou seja, muito mais que a metade, disseram que não têm condição nenhuma de encarar um imprevisto no mês. E é imprevisto simples, como comprar um presente para alguém.

E 65% disseram que nunca ou muito raramente conseguem fazer com que sobre dinheiro no fim do mês.

Num certo ponto, os pesquisadores começaram a perguntar sobre um cenário possível cenário de demissão.

Numa situação como essa, ou em algum caso de problema de saúde em que a fonte de renda acaba, o padrão de vida dos entrevistados poderia ser mantido por menos de 4 meses.

E mais de um quarto das pessoas acredita que não iam conseguir nem mesmo por um mês.

Para o superintendente de novos negócios do SPC, Magno Lima, isso é reflexo da falta de educação financeira: “a população brasileira não tem essas informações, esse conhecimento sobre como fechar as contas no presente e se preparar para o futuro”.

Na mesma semana que divulgou essa pesquisa, o SPC lançou também um aplicativo para celular, que eles acreditam que pode ajudar as pessoas, pelo menos comparando o próprio bem-estar financeiro com a média nacional.

Além dessa simulação, o usuário vai ver como andam as finanças e vai receber dicas para melhorar a sua pontuação cada vez mais.

*Informações do repórter Caio Rocha

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.