Pesquisadores buscam voluntários para testar a vacina contra a zika
O Brasil viveu um surto de zika entre 2015 e 2016; E a doença, acendeu os holofotes sobre a gravidade e os impactos econômicos causados, sobretudo em mulheres grávidas. O Nordeste foi a região que mais assistiu ao nascimento de bebês com microcefalia, síndrome ligada a zika.
O vírus ainda ameaça várias regiões do país e um dos caminhos para prevenir a doença é o desenvolvimento de uma vacina. Ela já existe e está sendo testada em regiões do Caribe e das Américas.
No Brasil, os testes são feitos pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e pela Universidade Federal de Minas Gerais, porém, na capital paulista faltam muitos voluntários.
Para dar continuidade à pesquisa, são necessários 250 voluntários, só que até agora 26 pessoas se apresentaram. Para incentivar que esse número aumente, o professor de medicina da USP, Ésper Kallás, explicou que a vacina da zika não tem contém o vírus ativo, apenas uma amostra do DNA dele.
O professor Esper Kallás chamou a atenção para o risco de São Paulo ter um surto de zika, já que o vírus circulou muito pouco na região.
Os estudos para desenvolver a vacina começaram em abril do ano passado, depois de testes com fragmentos do vírus em macacos. A experiência em humanos é a última fase antes da aprovação para o uso.
Os candidatos devem ter entre 15 a 35 anos, em boas condições de saúde. As mulheres não podem engravidar por dois anos, que é o tempo de acompanhamento médico.
O biomédico Rodrigo Soares Teixeira, de 21 anos, é um dos voluntários. Ele se candidatou logo que os testes começaram e afirmou que os pais não gostaram da ideia quando souberam, mas ele soube convencer.
Todos os voluntários passam por exames a cada 15 dias e são avaliados por um médico. Ao todo, são três doses da vacina, aplicadas a cada 30 dias.
A estudante Gabriela Pereira também se ofereceu para ser voluntária, e ela contou que teve um motivo especial.
Os interessados para participar da pesquisa podem se inscrever pelo e-mail: vacinacontrazika@gmail.com ou pelos telefones: 2661-3344 ou 2661-2276.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.