“Petrobras conseguiu se safar de exposição ao ridículo”, diz advogado de acionistas nos EUA
O acordo de quase US$ 3 bilhões fechado entre a Petrobras e acionistas minoritários da empresa nos Estados Unidos animou investidores e evitou que a estatal fosse “exposta ao ridículo” no exterior.
A afirmação é do advogado responsável pelo acordo fechado nos EUA, André de Almeida, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. “Esse resultado é o fechamento de um capítulo triste da história da Petrobras e foi um excelente negócio para a empresa, que conseguiu se safar de uma exposição ao ridículo que seria a condenação ou o júri popular nos Estados Unidos”, disse.
Segundo Almeida, para a Petrobras era uma questão de a Petrobras ser exposta ao ridículo ou fazer o acordo, “que acho que foi muito melhor para a empresa”.
O advogado lembrou ainda que a estatal não foi considerada vítima, tanto é que pagou uma quantia bilionária aos acionistas minoritários. “Argumento de que ela é vítima é conveniente, mas inadequado do ponto de vista jurídico. Ou seja, a Petrobras tem obrigação moral e ética de indenizar acionistas tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil”, explicou.
O caso
O acordo firmado pela Petrobras para reparar as perdas sofridas por investidores estrangeiros foi o quinto maior já celebrado em ações coletivas nos Estados Unidos.
A estatal vai pagar quase US$ 3 bilhões – o equivalente a R$ 9,6 bilhões – para se livrar dos processos movidos por acionistas que compraram papeis da empresa e tiveram prejuízos.
O valor impressiona, já que corresponde a praticamente todo o valor que será recuperado na Operação Lava Jato.
A estimativa do Ministério Público Federal é devolver R$ 10,8 bilhões à petroleira.
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