Petrobras fecha acordo que permite importação privada de gás da Bolívia
A Petrobras e a estatal boliviana YPFB assinaram, nesta sexta-feira (6), um acordo que vai permitir a importação privada de gás da Bolívia. A determinação reduz de 30 para 20 milhões o volume máximo de metros cúbicos diários que a Petrobras pode trazer do país vizinho, liberando espaço para outros importadores.
A medida está prevista no programa federal batizado como Novo Mercado de Gás. Para o governo, o aumento na competição é essencial para que o Brasil passe pelo “choque de energia barata”, prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
A decisão também prevê que a estatal brasileira saia dos setores de transporte e distribuição de gás, reduzindo custos. O acordo calcula que esse volume seja entregue em até seis anos, mas o prazo vai depender do ritmo de retirada do recurso natural.
Agora, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve reabrir o concurso para interessados em trazer gás boliviano pelo Gasoduto Bolívia Brasil, o Gasbol. O processo chegou a ser iniciado em 2019, mas interrompido depois que a Petrobras pediu para usar toda a capacidade do duto.
Com o acordo, a Petrobras também terá que vender a sua parte na Transportadora Brasileira do Gasbol, empresa que opera a tubulação.
O governo boliviano comemorou o acordo assinado nesta sexta-feira. Para eles, a negociação vai garantir a estabilidade da economia no país com a entrada de mais recursos.
Segundo a YPFB, a venda dos volumes à Petrobras deve render entre 4 e 6 bilhões de dólares.
* Com informações da repórter Letícia Santini
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