Petrobras inicia campanha para esclarecer custos dos combustíveis

Valor médio da gasolina no Brasil é R$ 6 por litro, mas apenas R$ 2 são destinados à estatal

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2021 06h35 - Atualizado em 04/09/2021 09h42
Agência Petrobras/Geraldo Falcão Logo da petrobras escrito em azul em uma plataforma. Na foto, só enxergamos uma parte do edifício Estatal brasileira lançou uma campanha de esclarecimento em seus canais de mídia para falar sobre a formação do preço final

A Petrobras, ao se defender de críticas pelos preços da gasolina em todo o Brasil, deu uma cutucada nos governadores, especificamente pela taxa do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Nesta sexta-feira, 3, a estatal brasileira lançou uma campanha de esclarecimento em seus canais de mídia para falar sobre a formação do preço final cobrado nas bombas dos postos de todo o país. No Rio de Janeiro, por exemplo, o valor da gasolina é cerca de R$ 7 por litro, mas a média brasileira é de R$ 6. Segundo a campanha da estatal, do valor médio, R$ 2 são de responsabilidade da Petrobras, R$ 0,69 são a parte do governo federal por impostos e tributos e os governadores responsáveis pelo ICMS ficam com R$ 1,65 do preço, sendo o restante para margem de lucro e distribuidores.

“O preço da gasolina pode ser dividido em cinco partes: em média, a Petrobras recebe R$ 2 a cada litro vendido, ainda tem o custo do etanol adicionado e dos serviços de distribuição e revenda. Os tributos federais incidem apenas na origem, ou seja, no preço de venda da Petrobras nas refinarias. Já o principal imposto estadual, o ICMS, incide sobre o preço final dos produtos. Por isso, toda vez que tem um reajuste na refinaria, há alteração no valor do ICMS sobre todo o preço pago pelo consumidor”, diz a peça publicitária, divulgada nesta sexta-feira. As críticas ao imposto estadual são recorrentes da parte do presidente da República, Jair Bolsonaro. Um projeto de lei já chegou a ser encaminhado para mudar a forma de cobrança da taxa, estabelecendo um valor fixo. No entanto, a discussão ainda não foi finalizada.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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