Petrobras deve rever plano de contingência caso greve persista, diz ANP

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2020 07h16
Federação Única dos Petroleiros (FUP) Cerca de 21 mil petroleiros estão em greve desde o início de fevereiro

Em greve desde o início do mês, os petroleiros realizaram uma manifestação na porta da Petrobras, prédio localizado no centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 18. A categoria protestava contra a decisão do ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou a paralisação ilegal e abusiva, e ainda determinou o retorno imediato ao trabalho. Os manifestantes carregavam faixas e cartazes, e tinham apoio de um carro de som.

Na semana passada, um outro ato fechou as ruas do Centro do Rio de Janeiro. A greve começou por conta da demissão dos funcionários de uma empresa ligada à Petrobras no Paraná, e também por discordância no acordo coletivo apresentado no fim do ano passado.

A direção da Petrobras já cogita a possibilidade de demitir os funcionários que não estão voltando ao trabalho sob alegação de justa causa, como abandono de emprego.
Nesta quarta-feira, a Estatal divulga o resultado do 4º trimestre e do fechamento de 2019, que será novamente positivo, e é claro, não vai refletir os impactos da greve que começou em 2020.

A Petrobras garante que a produção não foi afetada, e não há risco de abastecimento no país. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) monitora a situação, e diz que por enquanto, não há risco aos consumidores, segundo o diretor da autarquia, Felipe Kury. “Petrobras tem garantido o abastecimento, a gente sabe que tem um esforço deles em manter as equipes trabalhando. É uma questão de tempo também. Obvio que se o momento avança, você vai estressando as equipes de contingência. É preciso ver o plano B, o plano C, para que não haja a questão do abastecimento”.

Os organizadores estimaram uma participação de 15 a 20 mil pessoas no ato desta terça, 18.

* Com informações do repórter Rodrigo Viga.

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