PF cumpre mandados de prisão contra deputados estaduais em desdobramento da Lava Jato no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2018 07h39 - Atualizado em 08/11/2018 08h02
Arquivo/Agência Brasil pf Três dos parlamentares com pedido de prisão já cumprem pena

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (08) mandados de prisão contra 10 deputados estaduais do Rio de Janeiro e mais 12 pessoas. A ação desta quinta é um desdobramento da Operação Lava Jato no Estado.

Entre os alvos estão um secretário do governo de Luiz Fernando Pezão (MDB), que não é alvo de investigação. Três dos parlamentares com pedido de prisão já cumprem pena. A operação, denominada Furna da Onça, foi determinada por desembargadores da 1ª Seção Especializada do TRF2. O nome da ação faz referência a uma sala de reuniões localizada ao lado da Alerj onde deputados se reúnem para rápidas reuniões antes de votações.

Entre os alvos da ação estão:

  • Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo;
  • André Correa (DEM), deputado estadual e ex-secretário estadual de Meio Ambiente;
  • Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual;
  • Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito;
  • Edson Albertassi (MDB), deputado afastado – já preso em Bangu;
  • Jorge Picciani (MDB), deputado afastado – já em prisão domiciliar;
  • Leonardo Jacob, presidente do Detran;
  • Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito;
  • Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito
  • Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito;
  • Paulo Melo (MDB), deputado afastado – já preso em Bangu;
  • Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal.

A ação mira esquema de compra de apoio político de parlamentares. O alvo da operação é o grupo da base do MDB do ex-governador do Estado, Sérgio Cabral, que comanda o RJ há mais de 10 anos.

A organização criminosa chefiada por Cabral pagava propina a diversos deputados estaduais de modo que estes patrocinassem interesses do grupo na Assembleia Legislativa do Estado do RJ.

Segundo as investigações, o “mensalinho” era resultado de um sobrepreço dos contratos estaduais e federais.

Os parlamentares eram beneficiados, de forma ilícita, com loteamento de cargos em órgãos públicos do Estado.

Os alvos da ação desta quinta devem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

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