PF deflagra duas novas fases da Lava Jato e cumpre mandados no RJ e em SP
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (18) duas novas fases da Operação Lava Jato, a 43ª e a 44ª, em cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a primeira vez que a PF realiza duas ações ao mesmo tempo.
As operações foram batizadas de Sem Fronteiras e Abate, respectivamente.
Foram expedidos 46 mandados judiciais, sendo 29 de busca e apreensão, 11 de condução coercitiva e seis de prisão temporária. Entre os alvos conhecidos até o momento está o ex-deputado federal petista Cândido Vaccarezza, que já foi preso logo no começo da manhã.
Ambas as operações investigam crimes de corrupção, desvios de verbas públicas e lavagens de ativos identificados em contratação de grandes empresas com a estatal Petrobras.
Na 43ª fase, é investigada a relação entre executivos da estatal e um grupo de armadores estrangeiros para a obtenção de informações privilegiadas e favorecimento na obtenção de contratos com a empresa.
Na 44ª fase, a operação visa desarticular um grupo criminoso apadrinhado por Vaccarezza, que influenciava na obtenção de contratos com a Petrobras com empresa estrangeira. Nesta relação, recursos foram direcionados para pagamentos indevidos a executivos da Petrobras e agentes públicos e políticos, além do próprio petista, segundo informa a PF.
Confira as informações dos repórter Fernando Martins, em SP, e Rodrigo Viga, no RJ:
42ª fase – Operação Cobra
A Polícia Federal deflagrou no dia 27 de julho a 42ª fase da Operação Lava Jato no Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Batizada de Cobra, a operação cumpriu três mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão.
Um dos mandados de prisão foi contra o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine.
Segundo a Polícia Federal, tanto Bendine quanto pessoas ligadas a ele solicitaram vantagem indevida em razão dos cargos exercidos para que o Grupo Odebrecht não fosse prejudicado em futuras contratações da Petrobras. Em troca, a Odebrecht teria efetuado um pagamento em espécie no valor de R$ 3 milhões.
De acordo com a PF, os pagamentos foram interrompidos somente com a prisão de Marcelo Odebrecht.
O nome da Operação foi uma referência ao codinome dado ao principal investigado na lista do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, descoberta durante a 23ª fase.
Os presos nesta 42ª fase foram levados para a Superintendência da PF em Curitiba, no Paraná.
*Mais informações em instantes
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