PF faz buscas na casa do ex-ministro Delfim Netto em nova fase da Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2018 07h23 - Atualizado em 09/03/2018 09h47
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Tânia Rêgo/Agência Brasil Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Curitiba, Guarujá, Jundiaí e São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (09) a 49ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Buona Fortuna”.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Curitiba, Guarujá, Jundiaí e São Paulo. Um deles é na casa do ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto. Delfim é acusado de ter recebido 10% da propina destina à construção da usina de Belo Monte, que favorecia também o PT e o PMDB (atual MDB). A ação também mira seu sobrinho, o empresário Luiz Appolonio Neto.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, sob o comando de Sergio Moro.

Foram cumpridos 4 mandados em Curitiba, um no Guarujá, um em Jundiaí e três em São Paulo.

Segundo a Polícia Federal, as investigações mostram o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos por parte de um consórcio de empreiteiras diretamente interessado em contratos de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

“Consultoria”

Em agosto de 2016, em depoimento à Polícia Federal, Delfim Netto, de 89 anos, afirmou que recebeu R$ 240 mil em espécie da Odebrecht em outubro de 2014 por “motivos pessoais, por pura conveniência”, devido a um serviço de consultoria que ele teria prestado à empreiteira.

Ele declarou, na época, que “presta serviços” para a empreiteira há 20 anos, mas que esta consultoria específica, pela qual ganhou R$ 240 mil, foi feita sem contrato. Afirmou que não recebeu outros valores da empreiteira em circunstâncias similares.

O ex-ministro alegou, ainda, que “não tinha ideia” que o valor foi pago pelo setor da Odebrecht responsável pelo caixa 2 da empreiteira, conforme revelou a investigação da Lava Jato. O ex-ministro não detalhou qual foi o serviço de consultoria para a Odebrecht que justificou os R$ 240 mil. Ele afirmou, na ocasião, que o dinheiro já havia sido gasto e declarado em seu Imposto de Renda

Delfim foi o todo poderoso ministro da Fazenda do regime militar, nos anos 1970. Ele ficou famoso como o ministro do “milagre econômico”.

Com informações de Estadão Conteúdo

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