PF e Receita deflagram operação contra fraude e lavagem de dinheiro em SP e MG

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2018 07h58 - Atualizado em 01/03/2018 10h00
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Arquivo/Marcelo Camargo/ABr Arquivo/Marcelo Camargo/ABr Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, nas cidades de São Paulo (9), Santos (1), Paulínia (1), Belo Horizonte (2) e Lamin (2)

A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quinta-feira (1º) a Operação Descarte. O objetivo é desarticular esquema criminoso e profissionalizado voltado ao crime de lavagem de dinheiro, por meio do controle de uma rede formada por diversas empresas de fachada, tendo como proprietários “laranjas”.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, nas cidades de São Paulo (9), Santos (1), Paulínia (1), Belo Horizonte (2) e Lamin (2).

Segundo as investigações, empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do “serviço” de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos, de modo a dar aparência de legalidade à aquisição.

As quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial.

De acordo com a investigação, a empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, a maior cliente identificada, se valeu dos serviços ilícitos dessa rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017. Assim, foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados.

“Uma das células do esquema criminoso remeteu ilegalmente parte dos valores para o exterior, em favor de funcionário público argentino e em conluio com operadores financeiros que vieram a ser presos posteriormente no âmbito da Operação Lava Jato. Além disso, o grupo adquiriu vários veículos de alto luxo, como Ferrari, Masserati e BMW, todos registrados em nome de interpostas pessoas (“laranjas”)”, diz nota da PF.

Os envolvidos responderão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa, bem como aos crimes de corrupção ativa e passiva.

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