PF faz operação contra crimes cometidos na internet

Reprodução Operação Bravata oito mandados de busca e apreensão em seis estados

A Polícia Federal deflagrou a Operação Bravata para combater os crimes de racismo, ameaça, terrorismo e incitação ao crime pela internet. Uma pessoa foi presa em Curitiba e outros oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cinco estados além do Paraná.

Marcelo Mello foi preso na manhã desta quinta-feira (10) pelo mesmo crime que já havia cometido em 2012, quando foi detido na Operação Intolerância. O delegado da Polícia Federal, responsável pela operação, Flávio Augusto Palma Setti, explica que a investigação teve início com base em fatos que ocorreram depois dessa primeira operação.”Ficou muito claro que o volume das ameaças e dos crimes se alteraram e voltaram com força total. Ou seja, assim que os indivíduos, que haviam sido presos, foram colocados em liberdade, os crimes voltaram num ritmo muito maior”, explicou o delegado.

A polícia afirma que os suspeitos incentivavam a prática de vários crimes em fóruns abertos na internet, como estupro e assassinato de mulheres e negros. Também foram feitas ameaças de ataques terroristas com bombas em universidades públicas. A professora da Universidade Federal do Ceará e dona do blog feminista “Escreva Lola Escreva” foi um dos principais alvos dos criminosos.

Lola Aronovich conta que durante a prisão de Mello, as ameaças de morte contra ela e a família diminuíram. “Eu praticamente quase não recebi ameaças em 2012, mas assim que ele saiu da prisão, em 2013, essas ameaças todas voltaram”, revelou Lola.

Os mandados judiciais foram expedidos pelo juiz Marcos Josegrei, da 14ª Vara Federal de Curitiba.

Marcelo Mello, alvo da prisão desta quinta, foi levado à Superintendência da PF, na capital paranaense. A prisão dele é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. De acordo com a polícia, os crimes investigados na Operação Bravata podem chegar aos 39 anos de prisão.

*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto