PF indicia Aécio e mais 11 por superfaturamentos em obras da sede do governo de MG
A Polícia Federal em Minas Gerais indiciou, nesta quinta-feira (7), o ex-governador e atual deputado estadual, Aécio Neves, por corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica.
Os crimes teriam sido cometidos durante a construção da Cidade Administrativa, sede do governo do estado, em Belo Horizonte, entre 2007 e 2010. Segundo o relatório da PF, o processo foi dirigido para que um grupo de empreiteiras vencesse a licitação.
Há, ainda, indícios de contratações fictícias, cujas prestações de serviços não foram executadas na obra. A investigação apontou que o prejuízo aos cofres públicos totalizaram quase R$ 747 milhões.
Em delação premiada no fim de 2016, o ex-diretor superintendente da Odebrecht em Minas, Sérgio Neves, denunciou um suposto esquema de desvio de dinheiro durante as obras do Complexo.
Segundo o delator, o então presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, Oswaldo Borges, determinou que 3% de um contrato com a Odebrecht, Queiroz Galvão e OAS iriam para Aécio Neves para futuras campanhas políticas. O contrato era de R$ 360 milhões.
Em nota, a defesa de Aécio Neves disse que a conclusão da Polícia Federal é absurda e contraria investigações da própria corporação. A defesa também ressalta que “as obras foram auditadas por empresa independente e o edital previamente apresentado ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público”.
Outros onze representantes das empreiteiras envolvidas, que não tiveram os nomes divulgados, também foram indiciados. As penas máximas somadas chegam a 41 anos de prisão.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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