PF indicia prefeito afastado, ex-secretário de governo de Mauá e mais 22 vereadores
A Polícia Federal de São Paulo indiciou o prefeito afastado de Mauá, Átila Jacomussi, do PSB, e o ex-secretário de governo da cidade, João Eduardo Gaspar, pelos crimes de corrupção ativa, passiva e organização criminosa.
Dos 23 vereadores da cidade, 22 foram indiciados pelos mesmos crimes.
Átila e o ex-secretário foram presos no dia 13 de dezembro pela Operação Prato Feito, da PF, suspeitos de receber propina de empresas que mantêm contratos com a prefeitura.
O advogado de defesa, Daniel Bialski, disse que o indiciamento pela PF é baseado em presunções sem qualquer amparo em provas cabais que possam mostrar envolvimento do prefeito.
De acordo com a Polícia Federal, em maio do ano passado, durante a Operação Prato Feito, Átila Jacomussi e o ex-secretário João Eduardo Gaspar já tinham sido presos em flagrante por corrupção. Na casa de Jacomussi, a PF apreendeu R$ 85 mil em dinheiro vivo e R$ 588 mil com Gaspar.
A ordem de prisão preventiva contra eles foi revogada no dia 15 de junho de 2018 por um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O TRF3, então, impôs cinco medidas cautelares a Jacomussi, entre elas a suspensão, em caráter liminar, do exercício do cargo de prefeito.
Mas a ordem também foi revogada por decisão do ministro Gilmar Mendes, e Jacomussi conseguiu retornar ao cargo no dia 11 de setembro, mas acabou preso no dia 13 de dezembro.
A PF destaca que dois pedidos de impeachment do prefeito foram rejeitados pela Câmara Municipal de Mauá por 22 votos a 1, exatamente o número de vereadores que também foram indiciados por receber propina.
*Informações do repórter Victor Moraes
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