PF, MPF e Receita deflagram “Baixo Augusta”, desdobramento da Lava Jato em SP
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta segunda-feira (11) a Operação Baixo Augusta, um desdobramento da Lava Jato.
A ação desta segunda apura a existência de um esquema de propina para acelerar a liberação de créditos tributários junto à Receita.
Segundo a operação, as transações ocorriam por meio de firmas de fachada e a emissão de notas fiscais falsas. Estima-se que o total de créditos tributários liberados à JBS a partir do esquema chegue a R$ 2 bilhões ao longo do período.
Segundo as investigações, as movimentações financeiras dos envolvidos indicam recebimento de R$ 160 milhões em propinas nos últimos 13 anos.
Agentes da PF e servidores da Receita cumprem 14 mandados de busca e apreensão em residências e empresas em São Paulo, Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba.
A investigação teve início após o Supremo Tribunal Federal enviar partes do acordo de delação premiada firmado entre os executivos da JBS e o MPF para a Justiça Federal de SP, com o fim de apurar criminalmente as condutas daqueles que não tinham foro privilegiado.
Até o momento, as provas colhidas apontam para um esquema de pagamento de propinas que funcionou desde 2004 até este ano. Neste esquema, um auditor fiscal era pago para agilizar ilicitamente a liberação de recursos que a companhia teria de receber do Fisco como créditos tributários.
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