PF ouve funcionário da Argeplan, empresa de coronel Lima
A Polícia Federal ouviu nesta terça-feira (19), em São Paulo, mais um funcionário da Argeplan, a empresa de engenharia de Coronel Lima, amigo do presidente Michel Temer, no âmbito do inquérito que investiga o pagamento de propina ao presidente em troca do decreto dos Portos.
Uma das suspeitas é que a reforma na casa da filha de Michel Temer tenha sido feita como parte da propina.
Nesta terça-feira, um encarregado de obras foi quem prestou depoimento. O nome dele é Onofre Secchi. Ele foi citado nos depoimentos de outros dois funcionários da mesma Argeplan, um engenheiro e um arquiteto, e nenhum deles deixou dúvida de que Onofre Secchi trabalha na empresa e participou da obra na casa da Maristela Temer.
Ontem, no depoimento à Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, Onofre aparentemente teve muito o que explicar, embora, a princípio, ele não tenha como saber de onde vem o dinheiro que paga o trabalho dele. Só que o depoimento ao delegado durou mais de três horas.
Na saída, o encarregado de obras saiu sem dar entrevistas. No último dia 29, o engenheiro Luiz Eduardo Visani confirmou no depoimento dele que recebeu quase R$ 1 milhão da Argeplan pra reforma da casa da filha do presidente e que Onofre Secchi acompanhou todo trabalho desde o início.
Diante desse monte de delação, muito improvavelmente o encarregado Onofre tenha desmentido todos no depoimento que ele também prestou ontem à PF. Na contramão dos depoimentos parece estar mesmo só a filha, Maristela Temer, que disse, no depoimento dela, dia 3 de maio, que o Coronel Lima ajudou nas obras apenas como amigo e que a Argeplan não participou de obra nenhuma.
*Informações do repórter Caio Rocha
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