PF suspeita de esquema de venda ilegal de ouro em Roraima

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2019 08h47
Arquivo/Agência Brasil pf De acordo com a PF, a organização criminosa é composta por empresários venezuelanos e funcionários públicos brasileiros

A Polícia Federal (PF) suspeita que servidores das Receita Federal e estadual e da Procuradoria Geral de Roraima estejam envolvidos com comércio ilegal de ouro no Estado. Nesta sexta-feira (6), a Operação Hespérides cumpriu 85 mandados de prisão preventiva e temporária, além de buscas e apreensões.

De acordo com a PF, a organização criminosa é composta por empresários venezuelanos e funcionários públicos brasileiros. A quadrilha teria movimentado R$ 230 milhões no contrabando de 1.200 quilos de ouro da Venezuela e de garimpos ilegais em Roraima nos últimos três anos.

Segundo a Polícia Federal, os servidores são suspeitos de receber propina para dar aspecto de legalidade ao comércio do metal. Eles usavam documentos falsos feitos por empresas de fachada.

O ouro seria vendido para uma empresa especializada na recuperação de minérios, localizada em Caieiras, na Grande São Paulo.

Entre os alvos da operação, há três empresários venezuelanos suspeitos de chefiar o esquema. Um deles é procurado pela Interpol por tráfico de drogas e crimes financeiros cometidos na República Dominicana.

Entre os principais crimes investigados, estão a participação em organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Apesar de não haver nenhum garimpo legalizado em Roraima, só entre outubro de 2017 e agosto deste ano, o Estado exportou mais de 300 quilos de ouro, principalmente para a Índia e os Emirados Árabes.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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