PF suspeita que Temer tenha lavado dinheiro de propina em reformas de imóveis da família
Uma das principais suspeitas de investigadores da Polícia Federal é de que o presidente Michel Temer tenha lavado dinheiro de propina no pagamento de reformas em casas de familiares e dissimulado as transações imobiliárias em nomes de terceiros. A notícia ocorre seis meses após o Supremo Tribunal Federal determinar a abertura de inquérito sobre a edição de um decreto para o setor portuário.
São donos de alguns destes imóveis a primeira-dama, Marcela Temer, e o filho do casal.
A investigação aponta, até o momento, que Temer recebeu, por meio do coronel João Baptista de Lima, ao menos R$ 2 milhões de propina em 2014, mesmo ano em que o emedebista foi reeleito vice-presidente junto a Dilma Rousseff.
Neste mesmo ano, duas reformas foram feitas, em valores semelhantes, em propriedades da família de Temer, da filha Maristela Temer e da sogra Norma Tedeschi.
Um dos fornecedores da reforma de Maristela afirmou que recebeu em dinheiro vivo pagamentos pelos produtos, todos da mão da mulher do coronel Lima, Maria Rita Fratezi.
Para os investigadores, a origem do dinheiro das obras são a JBS e uma empresa contratada pela Engevix. Em delação, executivos da JBS afirmaram que repassaram R$ 1 milhão a Temer, com intermédio do Coronel Lima, em setembro de 2014.
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