PF vê indícios de que Rodrigo Maia pode ter praticado “caixa três”
Em relatório de um dos inquéritos que investigam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Polícia Federal apontou indícios de que suas campanhas receberam dinheiro de empresas a mando da Odebrecht, prática chamada pelos investigadores de “caixa três”.
Após as delações de donos e executivos da empreiteira, em abril, apontava-se a Cervejaria Petrópolis, que fabrica a Itaipava, como a principal parceira da Odebrecht no caixa três.
No seu relatório, a PF destacou ter localizado na prestação de contas da campanha de Maia de 2014 uma doação de R$ 200 mil da empresa Praiamar Indústria Comércio e Distribuição, ligada à Cervejaria Petrópolis.
O dinheiro foi repassado pelo diretório nacional do DEM.
Também em relação a 2014, a PF anotou haver doações da Cervejaria Petrópolis ao diretório nacional do DEM, no valor de R$ 6,1 milhões.
Por meio de sua assessoria, Maia disse que todas as doações recebidas em suas campanhas respeitaram a legislação e estão registradas na Justiça Eleitoral.
Maia também desmarcou três depoimentos à PF em 2017 para tratar do assunto. A assessoria do presidente da Câmara afirmou que o deputado não pôde ir na data estabelecida e apresentou justificativas que foram aceitas.
*Informações do repórter Arthur Scotti
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