Piloto de helicóptero que levava Boechat, Ronaldo Quattrucci morre aos 56 anos

Reprodução Ronaldo Quattrucci deixa os filhos Rodrigo e Amanda

Mesmo com a tentativa de um pouso de emergência, o piloto Ronaldo Quattrucci não conseguiu evitar o acidente que terminou com a morte dele e do jornalista Ricardo Boechat. Nesta segunda-feira (11), pouco antes do meio dia, o helicóptero que saiu de Campinas em direção à São Paulo com os dois ocupantes colidiu com um caminhão no quilômetro sete da rodovia Anhanguera, próximo ao acesso do Rodoanel.

Aos 56 anos, Ronaldo Quattrucci morreu na hora. Testemunhas que estavam no local contam que o passageiro Ricardo Boechat chegou a pular da aeronave antes da colisão, mas o piloto permaneceu a bordo até o impacto.

De acordo com a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero, ele “seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a vida da tripulação a bordo do helicóptero”. A entidade ainda destacou que o profissional tinha quase duas décadas de experiência na área.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou que tanto as autorizações da aeronave quanto as licenças do piloto estavam regulares. Quattrucci era dono da empresa RQ Helicópteros, com a frota de três aeronaves.

Torcedor do Palmeiras, o piloto não fazia muitas publicações nas redes sociais, nem demonstrava paixões além do time, mas exibia fotos do helicóptero amarelo Bell Jet Ranger, envolvido no acidente.

Uma tragédia aérea já havia marcado a família Quattrucci 21 anos atrás. O irmão de Ronaldo, Rogério, também era piloto de helicóptero e faleceu em um acidente depois de bater contra um morro em Santana de Parnaíba, região metropolitana de São Paulo. Ronaldo se formou no curso de aviação um ano após a morte do irmão.

Depois do acidente desta segunda-feira, amigos e colegas do piloto fizeram homenagens nas redes sociais.

Ronaldo Quattrucci deixa os filhos Rodrigo e Amanda.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto