Pilotos e donos de aeronaves são contrários ao plano da Prefeitura no Campo de Marte
Entidades ligadas à aviação executiva são contra plano da Prefeitura de São Paulo de eliminar o tráfego de aeronaves e helicópteros do Campo de Marte. No começo deste mês, João Doria e Michel Temer assinaram os primeiros termos da transferência do local da União para o município.
Pelo acordo, a administração municipal terá o controle de apenas 20% do terreno onde serão erguidos um parque e um museu aeroespacial. No futuro, a Prefeitura planeja assimilar outras áreas do terminal, diminuindo a movimentação da aviação geral.
No entanto, oito entidades do setor divulgaram um manifesto dizendo que são contrárias ao fechamento do aeroporto.
Representante do grupo, o comandante Décio Correa disse que o Campo de Marte é suficiente para abrigar o parque e as atividades aeroportuárias: “a área do campo de Marte hoje, com mais de três milhões de metros quadrados pode perfeitamente abrigar o parque com áreas de lazer, esporte, com jardins, que valorizam toda aquela área sem prejuízo de atividades aéreas do aeroporto”.
Décio Correa afirmou que terminais como Congonhas e Cumbica não têm condições de acomodar a movimentação do Campo do Marte.
O comandante e especialista em aviação, Rui Torres, viu interesses mobiliários na mudança e disse que o local é seguro para a aviação geral: “eu sou contra a desativação do Campo de Marte”.
Rui Torres lembrou ainda que o Campo de Marte estava lá antes de outras construções serem erguidas no entorno.
Em nota, a prefeitura de São Paulo afirmou que os detalhes da implantação de um parque e demais definições para a área ainda não estão concluídos.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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