Piñera reage a protestos no Chile e promete ser mais rígido com vandalismo

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2019 06h54 - Atualizado em 08/11/2019 07h59
EFE Até o momento, foram registradas 20 mortes, cerca de 7 mil prisões e mais de 1.400 feridos

Nesta quinta-feira (7), o presidente do Chile, Sebástian Piñera, afirmou que vai ser mais rígido com manifestantes que cometerem vandalismo. Ele pretende enviar ao Congresso uma série de medidas para “manter a ordem pública”.

O projeto visa aumentar as penas para crimes de saque e vandalismo cometidos durante protestos. A punição será maior se o acusado estiver usando máscara ou outros objetos que escondam a própria identidade.

Uma das medidas para identificar as pessoas que cometerem atos de vandalismo será a utilização de drones de vigilância aérea. Também será intensificado o serviço de coleta de informações pelo setor de inteligência da policia.

Piñera afirmou, ainda, que as propostas são uma forma de manter a segurança do país.

Nas últimas semanas, manifestantes incendiaram prédios, picharam edifícios e saquearam supermercados. O Chile vive a terceira semana consecutiva de intensos protestos, os maiores desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, em 1990.

A forma com que as forças de segurança do país têm reprimido as manifestações ganhou repercussão nos últimos dias. Ontem, o Tribunal de Santiago aceitou uma denúncia contra Piñera por crimes contra a humanidade. A acusação foi apresentada por um grupo de advogados que representam organizações de direitos humanos, que pedem investigações das violações registradas no país durante as manifestações.

Os protestos já registraram 20 mortes, cerca de 7 mil pessoas detidas e mais de 1.400 feridas.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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